O xeroderma pigmentoso é uma doença muito rara, hereditária, de origem genética, com defeitos no reparo do DNA, que provoca sensibilidade anormal à luz solar. Isso provoca a morte celular, mutações e grande aumento de propensão ao câncer de pele, lesões oculares e problemas neurológicos.
As lesões localizadas nas áreas expostas à luz solar em geral se iniciam nos primeiros anos de vida. A lesão fica avermelhada, pode descamar, escurecer ou se assemelhar a sardas. O quadro lembra o de uma pele envelhecida. Em fases mais tardias, surgem lesões pré-cancerosas e tumores malignos, como carcinomas espinocelulares, basocelulares e melanomas. Os olhos ficam muito sensíveis à luz, com fotofobia, conjuntivite, entre outras afecções oftalmológicas.
No Brasil há uma comunidade, Recanto das Araras, localizada a cerca de 200 quilômetros de Goiânia, com alta incidência da doença. É o local com a maior incidência no mundo.
O xeroderma pigmentoso se manifesta de forma mais agressiva quando há casamentos entre parentes, o que ocorre com frequência nessa região. Casais formados por primos de primeiro grau aumentam a possibilidade de a doença se manifestar nos filhos.
Nesses casos, é fundamental evitar a luz solar. Usar diariamente filtro solar de amplo espectro, roupas especiais de manga longa, chapéu. Os pacientes devem ser estimulados a procurar trabalhos noturnos. Os olhos também devem ser protegidos com óculos escuros.