Métodos inovadores de diagnóstico do melanoma, possibilitados por meio de avanços tecnológicos, trazem notícias animadoras na luta contra a doença, o tipo mais grave de câncer de pele.
Um dos novos aliados é um equipamento que dispõe de 92 câmeras. O paciente se posiciona no aparelho e é fotografado simultaneamente por todas elas. Depois de poucos minutos, um programa de computador constrói um retrato, em três dimensões e rico em detalhes, do corpo do paciente.
A partir desse material, os médicos conseguem analisar toda a pele e buscar lesões, irregularidades e manchas. O aparelho também dispõe de um sistema de inteligência artificial que rastreia mudanças na pele do paciente ao longo do tempo.
Com isso, além de possibilitar o diagnóstico precoce de melanoma, o aparelho torna o processo de obtenção de imagens corporais mais rápido e mais cômodo para o paciente. Além disso, por ter grande acurácia, evita também a realização de biópsias desnecessárias. O melanoma tem mais de 90% de chance de cura quando diagnosticado e tratado em estágios iniciais.
Diagnóstico do melanoma em tempos de Covid-19
Novas tecnologias para diagnóstico são sempre bem-vindas na luta contra o câncer de pele. Porém, no contexto da pandemia de Covid-19, são mais necessárias do que nunca. Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology estima que a pandemia tenha provocado uma queda na realização dos exames dermatológicos, o que pode ter levado a atraso no diagnóstico e tratamento de 20 mil melanomas nos Estados Unidos.
No entanto, apesar de promissor, o novo equipamento ainda não está disponível no Brasil. Atualmente, estima-se que haja 20 unidades em funcionamento, nos Estados Unidos, Austrália e Europa.