O diagnóstico de melanoma mudou a vida da artesã Rosana Reguffe, 57. Ela sempre adorou aproveitar o clima ensolarado do Rio de Janeiro, cidade onde mora, sem muita preocupação com os cuidados com a pele. No entanto, uma pinta esquisita em suas costas trouxe uma notícia inesperada. Rosana Reguffe mudou a vida após o diagnóstico do melanoma. Confira abaixo o seu relato.
“Senti literalmente na pele as consequências de muitos anos de atitudes erradas e falta de orientação em relação ao sol. Moradora do Rio de Janeiro, na adolescência só pensava em ‘pegar cor’. Passava horas estirada na areia sem qualquer proteção. Mas não sabia o que enfrentaria por causa disso!
O gosto pelo bronzeado persistiu na vida adulta, e os maus hábitos também. Em 2018, estava tomando sol com minha neta quando ela chamou atenção para um sinal estranho nas minhas costas. Como tinha muitas pintas pelo corpo, nem liguei. Um ano depois, ela me chamou a atenção novamente, pois o sinal tinha crescido.
Aproveitei que tinha uma consulta com um dermatologista do SUS, para fazer um tratamento de pele, e mostrei a pinta esquisita. No primeiro olhar, o doutor anteviu algo mais sério e removeu a lesão para biópsia. Os resultados mostraram que se tratava de um melanoma com Breslow de um milímetro.
Meu coração parou com o diagnóstico do melanoma. Ao verem os resultados, os médicos me operaram imediatamente. Afinal, aquele sinal estava no meu corpo desde 2018, pelo menos. Apesar do susto, após a ampliação de margens os exames complementares mostraram que estava livre da doença. Tenho apenas um nódulo no pulmão, benigno, que seguirei acompanhando.
Bem mais precioso
Enfim, corri o risco de perder meu bem mais precioso, a vida, por total falta de informação sobre os riscos do sol em excesso. Mudei totalmente minha rotina após o diagnóstico do melanoma e procuro transmitir todo o conhecimento que recebi aos amigos, familiares e conhecidos.
Quero dar uma dica para quem está passando pelo mesmo que eu: viver um dia de cada vez, com foco no agora e não no amanhã. Não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui. Não é apenas o câncer que mata, basta estar vivo para ir embora, mas o emocional faz a diferença no tratamento. Assim, mantenho o alto astral e acordo todos os dias tendo a convicção que o melanoma não vai voltar. Mas só convicção não basta. Me protejo do sol e tomo todas as atitudes práticas necessárias para evitar a doença.”