No Brasil e no mundo, a ocorrência do melanoma avança entre as mulheres. Isso muda o perfil da ocorrência da doença. Se no passado os homens maiores de 40 anos era o grupo mais acometido, hoje a ocorrência do melanoma avança entre as mulheres mais jovens, apesar de o número de casos também avançar entre os homens.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número de novos casos de melanoma previstos para 2020 é ligeiramente maior entre elas. Devem ocorrem 4.250 novos casos em mulheres e 4.200 entre os homens. Nos Estados Unidos, um estudo realizado pela Mayo Clinic apontou que, na região de Rochester (Minesotta), a incidência entre de melanoma entre as mulheres de 18 a 39 anos aumentou oito vezes de 1970 e 2009. O estudo apontou que o melanoma avançou também entre os homens jovens, ainda que com taxas surpreendentemente menores. Entre eles, a incidência do melanoma aumentou quatro vezes no período.
Cultura do bronzeamento
Uma das possíveis razões para essa escalada do melanoma é o culto à pele bronzeada, às vezes com o auxílio de câmaras de bronzeamento. O bronzeamento artificial, aliás, está proibido no Brasil desde 2009, sendo considerado um agente altamente carcinogênico pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em termos de risco para a saúde, a OMS classifica as câmaras de bronzeamento no mesmo patamar do cigarro.
Portanto, para minimizar o risco de melanoma e outros tipos de câncer de pele, vale a pena evitar o excesso de exposição solar e usar protetor com FPS 30, no mínimo, sempre que sair ao ar livre, inclusive nos dias frios ou nublados. Importante também evitar os horários de sol forte (das 10h às 16h) e complementar as estratégias de fotoproteção usando bonés, chapéus, óculos escuros e outros acessórios. Também vale a pena valorizar o tom de pele que se tem, passando longe do bronzeamento artificial. Bonita é a pele com saúde!