Apesar de raro, o melanoma vulvar é o segundo tipo de câncer de vulva mais comum, representando de 7 a 10% dos tumores da região, atrás apenas do carcinoma epidermoide.
Os fatores de risco para melanoma vulvar ainda não estão plenamente estabelecidos, e o prognóstico pode ser desfavorável. O tumor atinge principalmente os grandes lábios, o clitóris e as glândulas de Bartholin.
O melanoma vulvar é o segundo câncer de vulva mais comum e tem sintomas iniciais inespecíficos. Pode se manifestar como uma mancha pigmentada, lesão nodular, com dor ao toque ou durante o ato sexual. Também pode ter o aspecto de uma tumoração com diversas colorações, com ulcerações eventuais. Em geral, as lesões são percebidas em exames ginecológicos de rotina ou notadas pelas próprias pacientes.
Em caso de suspeita de melanoma vulvar, deve ser realizada a remoção completa da lesão, além de esvaziamento linfonodal. Podem ser necessários tratamentos adjuvantes, como imuno, quimio ou radioterapia.
Os principais fatores associados ao prognóstico do melanoma vulvar são a localização, a profundidade, a presença de ulceração e a ocorrência de metástases para os linfonodos. Quanto maior a lesão, pior o prognóstico, por isso o diagnóstico precoce tem extrema importância para aumentar a chance de sucesso do tratamento.
Embora o melanoma esteja associado ao excesso de exposição solar, sempre vale lembrar que pode ocorrer em regiões não expostas do corpo, como o trato genital masculino e feminino. Considerando todos os melanomas de mucosas, os de trato genital representam 18% dos casos.
Infelizmente, grande parte das mulheres desconhece o melanoma vulvar, acreditando que o tumor não se desenvolve nessa região. Assim, é importante que dermatologistas, oncologistas e ginecologistas conscientizem as pacientes sobre o melanoma vulvar, trazendo mais informações sobre a doença e, em seus atendimentos, prestem atenção aos sinais suspeitos.