Você sabe como o exame de imuno-histoquímica é usado no melanoma? A imuno-histoquímica (IHQ) é um tipo de teste que cada vez mais tem ajudado no diagnóstico do médico patologista ao combinar técnicas imunológicas e bioquímicas para identificar componentes específicos de um tecido, por meio do reconhecimento de antígenos e anticorpos.
Toda célula de um determinado tecido do corpo, seja ela saudável ou tumoral, apresenta um conjunto de proteínas específico em sua superfície. O teste imuno-histoquímico usa marcadores específicos para estas proteínas – ou seja, anticorpos que reconhecem estas proteínas – e que dão uma coloração para elas. A partir da presença ou não da coloração e da intensidade dela, é possível identificar o conjunto de proteínas nas células tumorais e com isso interpretar algumas dessas características, como a origem, o grau de agressividade e a possibilidade de avaliar proteínas ou alvos aberrantes na célula do tumor.
Para obter a visualização do complexo antígeno-anticorpo, é preciso adicionar o marcador, também chamado de cromógeno, junto a uma enzima, e observar o tecido ao microscópio. Os tecidos são avaliados buscando a expressão específica de proteínas que identificam células características de tumores a partir de sua origem celular.
E como o exame de imuno-histoquímica é usado no tratamento do melanoma?
No caso do melanoma, as células apresentam algumas proteínas típicas do melanoma, como Melan-A, HMB – 45, SOX10 ou S100. Identificando estas proteínas, você consegue avaliar a presença e o tipo de câncer. A partir deste teste você pode colher outros dados também, como o índice proliferativo, que ajuda a, através da sensibilização, aumentar a identificação destas células, caracterizar melhor, e ver, por exemplo, em um linfonodo, se existem ou não células de melanoma.
Este tipo de exame é particularmente útil porque o melanoma cutâneo pode demonstrar diversas características morfológicas que o confundem com outros tipos de câncer, como sarcomas, carcinomas de células escamosas, doença de Paget e linfomas. Nos casos mais difíceis de diagnosticar, o estudo imuno-histoquímico pode auxiliar o patologista com dados adicionais que favorecem uma melhor interpretação diagnóstica.