O melanoma nunca escolhe em quem vai deixar suas marcas. Com Denise Suchodolak, 54 anos, dona de casa, mãe, esposa e cheia de vida,não foi diferente. Apesar de todo sofrimento passado durante o tratamento e com a recidiva, a marca que o melanoma deixou nela não foi de dor, ao contrário. Hoje, quase dez anos após descobrir a doença, Denise só pensa em curtir a vida ao lado da família. “A vida é para ser vivida. Não sofro mais por antecipação”, diz ela ao compartilhar sua história com a gente. Confira:
“Tudo começou em 2009, com uma pinta que surgiu na minha mama esquerda. Notei que ela estava lá, mas demorei a procurar ajuda médica. Foram mais ou menos oito meses, observando. Quando decidi ir, passei por um cirurgião plástico, que ao me solicitar exames, identificou o melanoma. Palavra que eu nunca tinha ouvido falar, não conhecia nada sobre a doença. Passei por uma série de exames, inclusive para retirada da pinta. Depois disso ficou tudo bem. Estava curada, mas sempre fui muito criteriosa no acompanhamento médico. Fazia exames de quatro em quatro meses e após cinco anos, em 2014, um desses exames de rotina identificou que um dos meus linfonodos estava inchado. Neste momento, senti a preocupação e o medo do primeiro diagnóstico de melanoma. Fiz uma tomografia, que constatou metástase de melanoma. Comecei novo tratamento e fiz o esvaziamento completo da axila. Tive muitos efeitos colaterais e isso me deixou muito mal. Pensava o tempo todo em desistir, mas graças ao apoio da família resisti e segui até o final. Hoje, quatro anos após a recidiva da doença estou muito bem. Continuo com o acompanhamento, não falho. É muito importante descobrir o câncer no início, isso te dá possibilidades imensas de cura. E foi o que aconteceu comigo! O melanoma é uma doença traiçoeira e assustadora. Mas hoje temos tratamentos avançados para combatê-lo. O melanoma de 2009 não é o mesmo que o de hoje, graças aos muitos recursos. Hoje, faço parte de dois grupos de apoio e é muito bom compartilhar nossas histórias com pessoas que estão assustadas, pois acabaram de receber a notícia da doença. É gratificante você ajudar essas pessoas e mostrar a elas que o melanoma tem cura. É doloroso, mas com força de vontade, a ajuda de bons médicos e o apoio da família, conseguimos seguir em frente. A Denise de hoje curte a vida, faço ginástica, viajo e aproveito cada minuto ao lado da minha família. A vida é para ser vivida. Não sofro mais por antecipação”