E num piscar de olhos o ano acabou e já estamos no final de janeiro! Eita!
Muitas pessoas aproveitam o dia 31 de dezembro para fazer uma pausa e realizar aquele balanço do ano, o que foi feito, quais os planos cumpridos, o que não foi possível, o que será preciso melhorar para o ano seguinte e já aproveita para fazer a listinha do que quer para o próximo. Bem, eu fiz isso. Mas não fiz só sobre minha vida. Fiz uma pausa para olhar para o Instituto e para pensar no futuro e em como temos planos!
Foi uma grata reflexão. Para aqueles que nos acompanham desde o início em 2014 é tão bom olhar o amadurecimento, o avanço nas ações, o crescimento do time e dos resultados, apesar das dificuldades. O ano de 2018 foi muito especial. Tivemos uma campanha bem diferente e que envolveu o público praticante de esportes, sensibilizando muitos que vestiram a camisa conosco em prol da prevenção.
Tivemos ainda eventos durante o ano voltados para o público em geral, universitários e um rol de palestras especiais para pacientes. Pudemos também participar de eventos científicos e nos aprofundar nos temas mais complexos sobre a doença como possibilidades de tratamento. Conhecemos vários pacientes que integram o grupo de apoio, aumentamos o time de médicos apoiadores e fechamos 2018 com o maior evento que já organizamos: uma corrida para 500 pessoas em Foz do Iguaçu.
Mas para mim o tamanho da nossa Corrida e Caminhada não foi o mais importante. O evento inteiro valeu a pena. Nele, pudemos transmitir informações sobre o melanoma, houve atendimento médico, que resultou em um encaminhamento de biópsia de melanoma. Isso sim nos enche de orgulho. Trabalhar para salvar vidas!
E para 2019? As perspectivas, os desafios e as ideias não cabem numa folha! A gente quer muito mais. O Brasil ainda tem alto percentual de pessoas que não sabem o que é melanoma e de mulheres que estão na beira da praia tomando sol do meio dia ou deitadas em câmaras de bronzeamento. Precisamos fazer algo a respeito! E mais, a esmagadora maioria dos pacientes já diagnosticados com a doença não tem e não terão no curto prazo o acesso ao tratamento adequado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Isso é de cortar o coração e traz uma indignação que nos move na tentativa de mudar esse cenário.
O ano começa cheio de ideias, muita vontade, esperança e carinho pelos pacientes que assim como todas nós do Instituto, lidam diariamente com sua jornada frente ao melanoma. Mas que ele seja pra vocês o que foi pra mim desde o início: um desafio já vencido! Um ponta pé para dias melhores e cheios de significados. Um compartilhar de um novo tempo que possa ajudar a mudar a vida de alguém!
Feliz 2019, queridos e queridas! Que ela seja cheio de cores, alegrias e muita saúde!
Rebecca Montanheiro
Presidente do Instituto Melanoma Brasil