Pesquisar
Close this search box.

Conheça o carcinoma de células de Merkel

O carcinoma de células de Merkel é um tipo de câncer de pele que começa quando estas células crescem fora de controle. As células de Merkel são um tipo de células neuroendócrinas da pele, que têm algumas características de sensibilidade nervosa, ajudando a sentir o toque leve, como texturas e detalhes de objetos. Elas também têm também função na produção de hormônios. Estão conectadas a terminações nervosas da pele, concentrando-se na epiderme, camada superior da pele.

Conhecido também como carcinoma neuroendócrino da pele ou ainda carcinoma trabecular, trata-se de um um tipo de câncer bastante raro, porém agressivo. De acordo com a Skin Cancer Foundation, cerca de 3.000 novos casos são diagnosticados anualmente nos EUA, mas especialistas acreditam que este número deve atingir 3.250 casos diagnosticados anualmente até 2025.

Geralmente ocorre em adultos de pele clara, que tiveram bastante exposição solar ao longo da vida, pessoas acima de 60 anos e em pessoas imunodeprimidas. O poliomavírus de células de Merkel pode ser um fator contribuidor.

Este câncer comumente se espalha para os linfonodos, tendo maior probabilidade de se disseminar para outras partes do corpo do que outros tipos de câncer de pele. Geralmente se inicia em partes do corpo expostas ao sol, como face (o local mais comum), pescoço e braços. O índice de recidiva local em cerca de 2 a 3 anos é alto, assim como o de aparecimento de metástases à distância por disseminação linfática e sanguínea.

Evitar a exposição ao sol e o bronzeamento artificial, assim como usar protetor solar são medidas de prevenção importantes.

Diagnóstico e sintomas do carcinoma de células de Merkel

No carcinoma de células de Merkel, geralmente, aparecem na pele nódulos duros ou edema firme, de aspecto brilhante e cor rosa, vermelho ou arroxeado. Não causam dor ou sensibilidade. Entretanto, podem crescer rapidamente. Às vezes formam úlceras ou feridas, que eventualmente podem rachar e sangrar.

De início, o carcinoma de células de Merkel pode parecer com diversos outros tipos de câncer de pele ou com outros problemas. Isso pode dificultar ou atrasar sua descoberta – a idade média de diagnóstico é de 75 anos. O diagnóstico é confirmado por biópsia. Por conta do diagnóstico tardio, na maioria dos casos, o câncer já se disseminou quando descoberto.

O uso de tomografia computadorizada permite diagnosticar se os nódulos linfáticos ou outros órgãos, como o fígado ou pulmões, possuem metástases do câncer de pele de células de Merkel.

Qual é o tratamento para carcinoma de células de Merkel?

No caso do câncer de pele de células de Merkel, usa-se o sistema TNM da American Joint Commission on Cancer na avaliação, dividido em três estágios: o próprio tumor, os linfonodos regionais ao redor do tumor, e se o tumor se espalhou para outras partes do corpo. Determinar o estágio clínico do câncer (processo conhecido como estadiamento) é determinante para definir as opções do paciente.

O tratamento é feito por extração cirúrgica do tumor. Em muitos casos, é preciso fazer biópsia e se necessário, remoção dos gânglios linfáticos, geralmente seguido de radioterapia coadjuvante. Quando quando o câncer se espalhou ou quando há reincidência, é recomendada a quimioterapia.

Sobrevida

Em geral as taxas de sobrevida são maiores para pacientes com câncer em estágio inicial. No entanto, variam também em função de outros fatores, como as condições gerais de saúde do paciente, idade e a resposta individual ao tratamento. Assim, a taxa de sobrevida em 10 anos para o câncer de pele de células de Merkel é de 57%. Porém, esse número cresce muito se a doença for diagnosticada em estágio inicial.

 

Receba nossa newsletter

Newsletter

Explore outros temas

Seja um voluntário do Instituto

Faça parte do nosso banco de voluntários. Clique abaixo e preencha um formulário com seus dados e entraremos em contato para que você possa participar, com seus talentos, de ações desenvolvidas pelo Melanoma Brasil.

small_c_popup.png

Cadastre-se

Receba nossa newsletter

Newsletter