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Cultura do bronzeamento artificial persiste entre os jovens. Conheça os riscos

Nas redes sociais e sites de celebridades é cada vez mais comum reportagens sobre técnicas de bronzeamento artificial utilizadas por artistas e influenciadores para garantir um tom de pele mais bronzeado. Eles mostram marquinhas de sol, o passo a passo do procedimento e às vezes até compartilham o nome da clínica onde o procedimento foi feito.

Vale lembrar que câmaras de bronzeamento artificial estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, pelos diversos riscos à saúde, entre eles o aumento do risco de câncer de pele, incluindo o melanoma. 

Estudos científicos comprovam os malefícios do uso desses equipamentos. Recentemente, pesquisa apresentada durante o último Summer Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD) sugeriu que a exposição à radiação UV está em alta nos Estados Unidos (EUA), especialmente entre as jovens mulheres de 18 a 39 anos. O que levou a um aumento de 800% na prevalência de melanoma nesse grupo entre 1970 e 2009.

Outra pesquisa, feito pela Blue Cross Blue Shield Association, rede de operadoras com mais de 100 milhões de beneficiários nos EUA, mostrou que os millenials com menos de 35 anos, embora saibam dos riscos da exposição excessiva aos raios ultravioleta, ainda insistem em se bronzear, pois acreditam que deixa a pele mais bonita.

No caso das mulheres, além da exposição direta ao sol, os pesquisadores da AAD acreditam que a escalada do melanoma pode ser atribuída ao uso de câmaras de bronzeamento artificial, ainda permitidas no país, já que as mulheres são mais propensas a utilizá-las do que os homens.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) não existe melhor forma para realizar o bronzeamento artificial. É um procedimento proibido por lei e que envolve situação de risco à saúde. As câmaras de bronzeamento podem aumentar em até 75% o risco de melanoma, e são consideradas agentes carcinogênicos pela Organização Mundial de Saúde. No Brasil, seu uso estético está proibido desde 2009, uma decisão pioneira e celebrada internacionalmente.

Alternativas que não trazem prejuízos são a exposição ao sol antes das 10h e depois das 16h, com filtro solar, e o uso de produtos autobronzeadores em gel ou loção. 

 

Como funcionam as câmaras de bronzeamento artificial

As câmaras de bronzeamento artificial funcionam por meio de luzes artificiais que emitem raios ultravioleta A (UVA). Vale lembrar que o sol emite UVA e ultravioleta B (UVB). O UVA é constante o dia todo, enquanto o UVB aumenta às 10h, tem pico ao meio-dia e vai até as 16h. É ele quem provoca as queimaduras. O UVA não queima, portanto, é mais silencioso e penetra mais profundamente na pele.

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