Eu senti na Pele – Marcelle Mineiro

Hoje vamos conhecer a História da Marcelle Mineiro, que descobriu um melanoma graças à insistência de sua mãe. 

“Meu nome é Marcelle, tenho 38 anos, sou enfermeira e vivo em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro.

Nunca tive um histórico de excessos ao sol. Na infância, por ter a pele bem clarinha, fiquei toda vermelha nas poucas vezes em que fui à praia sem proteção. Por isso, minha mãe vivia atenta e cuidava para que eu não me queimasse. Adulta, costumava proteger a pele em situações ocasionais, como praia, piscina ou parque, mas não tinha a fotoproteção como um hábito diário.

Apesar de ter pele clara e muitas pintas pelo corpo, nunca soube do que se tratava o melanoma. Não imaginava que existisse um câncer de pele agressivo e letal. Essa história começou a mudar em 2005. Uma pinta em minha coxa direita, até então aparentemente normal, mudou repentinamente de tamanho e chegou até a sangrar. Minha mãe, ao bater o olho, pediu para que eu fosse imediatamente procurar um médico. Naquela mesma semana eu tinha consulta com o ginecologista e aproveitei para mostrar. Ele examinou e falou que não era nada demais.

Não satisfeita com a resposta, procurei um dermatologista, que me disse a mesma coisa: “Não precisa se preocupar!”. Contei para minha mãe o que havia escutado e, desta vez, quem não ficou satisfeita foi ela. Praticamente me obrigou a marcar uma consulta para retirada da pinta.

Passei por uma pequena cirurgia, enviei a lesão para biópsia e então recebi o resultado: melanoma. Quando me deparei com essa palavra, corri para descobrir do que se tratava. Me assustei com as informações alarmantes encontradas na internet. Minha mãe também se apavorou. Quase caiu sentada quando mostrei a ela. Ao encontrar informações assustadoras na internet, busquei logo quem poderia me tranquilizar naquele momento e trazer forças a todos nós: Deus! Sou uma pessoa de fé e creio que isso ajudou bastante.

Passei então por uma nova cirurgia para realizar a ampliação de margens. Felizmente, não se tratava de um tumor metastático e não houve mais problemas. Não precisei de outros procedimentos além da cirurgia.

Em 2010, notei um nódulo em minha virilha direita e foi realizada uma USG da região inguinal direita e uma punção aspirativa que detectou presença de células cancerígenas. Fui encaminhada para o Instituto Nacional de Câncer (INCA) em outubro de 2010. Em janeiro de 2011, passei por uma cirurgia de linfadenectomia unilateral direita. Os médicos concluíram que não seria necessário o uso de medicamentos, apenas exames de rotina e consultas de fisioterapia para prevenção do linfedema.

Tive uma recuperação muito rápida. Compareço ao INCA apenas para exames de rotina. Tenho DEUS no comando de minha vida sempre. E gosto de citar a frase: “Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi…”. Concordo plenamente! Por isso, agradeço em primeiro lugar a Deus, por todo seu amor e cuidado para comigo, e à minha mãe. Se não fosse pela insistência dela, não teria marcado consulta para retirada do melanoma e não teria um diagnóstico precoce. Agradeço também minha família e amigos pelo apoio, orações, amor, carinho e cuidado!

Creio que essa experiência fez de mim uma pessoa mais forte, que dá valor a coisas que, antes, passavam despercebidas. Houve mudanças práticas também. Hoje, incorporei fotoproteção à minha rotina. Uso protetor todos os dias, não apenas nos momentos de lazer, evito sair ao ar livre nos momentos de sol forte, uso viseira. Intensifico esses cuidados ao fazer caminhada, atividade física que adoro!”

 

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