Quase 50% dos casos de melanoma têm mutação do gene BRAF.
Primeiramente, cabe esclarecer que todo câncer nasce a partir de alterações sucessivas do material genético, ou DNA das células, também chamadas de mutações. Uma dessas alterações genéticas, no melanoma, é a mutação do gene BRAF. Ainda que os dados de literatura sejam um pouco controversos, aparentemente a presença de mutação do BRAF está relacionada a um risco um pouco maior de melanomas profundos e metástases. Em contrapartida, essa mesma mutação serve de alvo para novos medicamentos extremamente eficazes no tratamento do melanoma: os inibidores do BRAF e inibidores do MEK.
Estas alterações fazem com que o gene produza uma alteração na proteína BRAF que faz com que as células do melanoma cresçam e se dividam rapidamente, criando metástases. Pacientes com melanoma avançado devem ter seu material de biópsia testado para determinar se têm uma mutação de BRAF. Os medicamentos que têm como alvo a proteína BRAF não devem ser utilizados em pacientes que não tenham a mutação neste gene. Saiba mais sobre a mutação de BRAF e suas terapêuticas.
O Vemurafenibe e o Dabrafenibe são medicamentos que tem como alvo as células de melanoma com a proteína BRAF. Estes medicamentos reduzem ou retardam o crescimento de tumores em alguns pacientes cujo melanoma é metastático. Eles também aumentam o tempo livre da doença, ou seja, o tempo até que o tumor volte a se desenvolver novamente, e aumentam a expectativa de vida de alguns pacientes. Essas drogas são administradas por via oral.